RT Book, Section A1 Flechner, Stuart M. A2 McAninch, Jack W. A2 Lue, Tom F. SR Print(0) ID 1204792968 T1 Transplante renal T2 Urologia Geral de Smith e Tanagho, 18e YR 2023 FD 2023 PB McGraw Hill Education PP New York, NY SN 9788580553697 LK accessartmed.mhmedical.com/content.aspx?aid=1204792968 RD 2024/12/04 AB O primeiro transplante renal bem-sucedido, de um doador vivo para seu irmão gêmeo homozigoto, foi realizado em 1954. Desde então, o transplante de rim deixou de ser um procedimento experimental e tornou-se o método preferido de terapia de substituição renal em todo o mundo. Há três razões primárias para a aceitação mundial do transplante renal: (1) os receptores de transplantes auferem uma sobrevida maior em comparação com a diálise (Wolfe, 1999), (2) os receptores relatam uma melhora da qualidade de vida (Joseph et al., 2003) e (3) ele custa menos que a diálise (USRDS, 2010). No final da década de 2010, nos EUA, havia cerca de 382 mil pacientes recebendo terapia de diálise, com uma taxa de incidência de cerca de 342 por milhão de habitantes, e mais de 165 mil vivendo com um transplante (USRDS, 2010). Naquele mesmo ano, foram realizados 16.889 transplantes renais nos EUA, dos quais 10.622 de doadores mortos e 6.277 de doadores vivos (página da Web da United Network for organ sharing (UNOS)). Entretanto, mais de 88.847 pacientes aguardavam por um rim, e a diferença entre o número de indivíduos na lista de espera e o número de órgãos disponíveis aumenta a cada ano (Wolfe et al., 2010). Hoje, o índice de sobrevivência dos enxertos renais em 1 e 5 anos varia de 89 a 95% e de 66 a 80%, dependendo do tipo de doador (Cohen et al., 2006) (Fig. 36–1). As principais razões da melhora dos resultados são a imunossupressão mais potente e seletiva, as técnicas cirúrgicas aperfeiçoadas, a compatibilização mais segura e os avanços na profilaxia e no tratamento das comorbidades infecciosas. Também há um consenso crescente de que o transplante profilático, realizado pouco antes de o paciente necessitar de diálise, contribui muito para a redução da morbidade e até mesmo da mortalidade (Kasiske et al., 2002).