RT Book, Section A1 Carrapiço, Eunice A1 Ramos, Victor A2 Gusso, Gustavo A2 Ceratti Lopes, José Mauro A2 Dias, Lêda Chaves SR Print(0) ID 1202115654 T1 Pessoas consideradas doentes difíceis T2 Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática, 2e YR 2023 FD 2023 PB McGraw-Hill Education PP New York, NY SN 9788582715352 LK accessartmed.mhmedical.com/content.aspx?aid=1202115654 RD 2025/01/19 AB Aspectos-chaveOs doentes difíceis decorrem da percepção, por parte do médico ou de outro elemento da equipe, de que algumas pessoas lhes suscitam emoções negativas ou grandes dificuldades relacionadas com a abordagem dos seus problemas de saúde e/ou com a comunicação e a relação interpessoal.Para além das características e dos padrões de comportamentos dos doentes difíceis, podem estar em causa os seus problemas de saúde, as características pessoais e competências do médico ou outro profissional, bem como aspectos e regras do funcionamento do sistema de saúde.A disfunção incide, sobretudo, na relação entre o profissional e quem o consulta e tem, em geral, consequências negativas para todos: usuário, profissional e sociedade.A tomada de consciência, por parte do profissional, das suas emoções e reações negativas, bem como dos fatores associados à disfunção relacional, é o primeiro passo para reverter uma evolução negativa, transformando uma dificuldade em uma oportunidade de desenvolvimento.Têm sido propostas diversas estratégias para lidar com este problema universal. Focalizam-se, em geral, nos profissionais: treino de autoconsciência emocional; autoconhecimento reflexivo; aperfeiçoamento de competências comunicacionais e relacionais; reforço de atitudes de cooperação e empatia; e uso sensato do poder profissional. Tais aspectos são mais eficazmente trabalhados em contexto de equipe ou interpares, sendo um dos exemplos o dos Grupos Balint, também abordados nesta obra.