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ESTUDO DE CASO
Uma mulher de 56 anos de idade chega ao consultório com uma história de desconforto torácico de início recente durante prática vigorosa de corrida ou natação*. A dor é surda, porém mal localizada, e desaparece depois de 5 a 10 minutos de repouso. Ela nunca fumou, porém tem uma história de hiperlipidemia (colesterol total de 245 mg/dL e colesterol LDL [lipoproteína de baixa densidade] de 160 mg/dL obtidos há 1 ano) e admite que não tem seguido a dieta recomendada. Seu pai sobreviveu a um “ataque cardíaco” aos 55 anos, e um tio morreu vítima de alguma doença cardíaca aos 60 anos. Ao exame físico, a pressão arterial da paciente é 145/90 mmHg, e a sua frequência cardíaca é 80 bpm. Não há outros sinais de sofrimento agudo, nem outros achados físicos significativos; o eletrocardiograma é normal, exceto por uma leve hipertrofia ventricular esquerda.
Presumindo que o diagnóstico de angina de esforço estável esteja correto, qual seria o tratamento medicamentoso a ser iniciado?
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A cardiopatia isquêmica é uma das doenças cardiovasculares mais comuns nos países desenvolvidos, e a angina de peito é o quadro mais comum que envolve isquemia tecidual para o qual há indicação do uso de vasodilatador. A denominação angina de peito denota dor torácica causada por acúmulo de metabólitos resultante de isquemia do miocárdio. Os nitratos orgânicos (p. ex., a nitroglicerina) constituem a base da terapia para o alívio imediato da angina. Outro grupo de vasodilatadores, os bloqueadores dos canais de cálcio, também é importante, particularmente para profilaxia, e os betabloqueadores, que não são vasodilatadores, também são úteis para profilaxia. Dispõe-se de vários fármacos mais recentes, incluindo fármacos que alteram as correntes iônicas do miocárdio e inibidores seletivos da frequência cardíaca.
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A causa mais comum de angina é a obstrução ateromatosa dos grandes vasos coronarianos (doença arterial coronariana [DAC]). O fluxo sanguíneo inadequado na presença de DAC resulta em angina de esforço, também conhecida como angina clássica. O diagnóstico é geralmente estabelecido com base na história e no teste ergométrico, algumas vezes complementado por angiografia coronária. Alguns pacientes apresentam sintomas típicos de angina, apesar dos vasos coronarianos epicárdicos normais. Essa condição, anteriormente designada como “síndrome coronariana X”, consiste em disfunção microvascular coronariana. Ambos os tipos de angina estão associados a uma diminuição da reserva de fluxo coronariano fracionado.** O aumento do fluxo coronariano fracionado pode ser alcançado por meio de dilatação coronária máxima.
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O espasmo transitório de partes localizadas desses vasos, que geralmente está associado a ateromas subjacentes, também pode causar isquemia miocárdica e dor significativas (angina vasospástica ou variante). A angina vasospástica também é denominada angina de Prinzmetal. Em geral, o diagnóstico é estabelecido com base na história, mas pode ser confirmado por testes que provocam espasmo temporário.
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A etiologia primária da angina de peito é um ...