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OS VALORES DURADOUROS DA PROFISSÃO MÉDICA

Não se pode conferir a um ser humano nenhuma oportunidade, nenhuma responsabilidade ou obrigação maior do que a de tornar-se médico. Ao cuidar de pessoas que sofrem, [o médico] precisa ter habilidade técnica, conhecimento científico e compreensão humana… Tato, solidariedade e compreensão são o que se espera de um médico, pois o paciente não é uma mera coletânea de sinais, sintomas, funções desordenadas, órgãos lesionados e emoções perturbadas. [O paciente] é humano, tem medos e esperanças, busca alívio, ajuda e tranquilização.

—Harrison’s Principles of Internal Medicine, 1950

A prática da medicina mudou de maneira significativa desde que surgiu a primeira edição deste livro em 1950. O advento da genética molecular, novas técnicas sofisticadas de obtenção de imagem, robótica e avanços na bioinformática e na tecnologia da informação contribuíram para uma explosão de informações científicas que mudaram fundamentalmente a maneira como os médicos definem, diagnosticam, tratam e tentam prevenir uma doença. Esse crescimento do conhecimento científico é contínuo e está acelerando.

O uso disseminado de prontuários eletrônicos e da internet alteraram a maneira como os médicos têm acesso e trocam informações como parte rotineira da prática médica (Fig. 1–1). Como os médicos de hoje lutam para integrar quantidades grandes de conhecimento científico à prática cotidiana, é crucial que eles se lembrem de duas coisas: primeiro, que a meta final da medicina é evitar a doença e, quando ela ocorrer, diagnosticá-la precocemente e oferecer tratamento eficaz; e segundo, que, apesar de mais de 70 anos de avanços científicos desde a primeira edição deste livro, o cultivo da relação de confiança entre o médico e o paciente ainda é central no cuidado bem-sucedido do paciente.

FIGURA 1–1

Xilogravuras do Fasciculus Medicinae, de Johannes de Ketham, o primeiro texto médico ilustrado já impresso, mostram métodos de acesso à informação e troca na prática médica durante o início da Renascença. Inicialmente publicado em 1491 para uso pelos estudantes e profissionais de medicina, Fasciculus Medicinae surgiu em seis edições durante os 25 anos seguintes. À esquerda: Petrus de Montagnana, um famoso médico e professor da University of Padua e autor de uma antologia de estudos de casos instrutivos, consulta textos médicos que datam da Antiguidade até o início da Renascença. À direita: Um paciente com peste é atendido por um médico e seus assistentes. (Cortesia, U.S. National Library of Medicine.)

A CIÊNCIA E A ARTE DA MEDICINA

O raciocínio dedutivo e a tecnologia aplicada formam a base para a solução de muitos problemas clínicos. Avanços espetaculares na bioquímica, na biologia celular e na genômica, juntamente com técnicas de obtenção de imagem recém-desenvolvidas, possibilitam acesso às partes mais internas da célula e propiciam uma janela para os ...

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