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CONJUNTIVITES

DEFINIÇÃO

A conjuntivite é um processo inflamatório da conjuntiva que, na maior parte das vezes, pode ter origem infecciosa, imunológica ou traumática.

CONJUNTIVITE BACTERIANA AGUDA

EPIDEMIOLOGIA

Doença comum e normalmente autolimitada (1–2 semanas), que costuma afetar crianças. A disseminação em geral se dá pelo contato direto com secreções infectadas.

ETIOLOGIA

Os principais responsáveis pelas conjuntivites bacterianas em crianças são Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Moraxella e Haemophilus influenzae.

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Hiperemia conjuntival, sensação de “areia nos olhos”, queimação, fotofobia e secreção ocular. Geralmente é bilateral (intervalo de 1–2 dias de aparecimento dos sintomas em cada olho). Não há alteração na acuidade visual.

DIAGNÓSTICO

Clínico. Pode haver presença de crostas nos cílios, às vezes associada a edema palpebral. A secreção ocular é mucopurulenta, diferenciando-se da conjuntivite viral, que apresenta secreção aquosa. A hiperemia conjuntival é mais intensa na periferia e menos intensa junto à córnea. A conjuntiva tarsal tem aspecto vermelho-vivo, com poucas papilas. Pode ocorrer erosão corneana punctata associada.

A investigação laboratorial só é necessária nos casos persistentes, imunocomprometidos, em neonatos e na suspeita de conjuntivite bacteriana hiperaguda.

TRATAMENTO

  • Higiene de pálpebras e cílios com solução fisiológica (SF).

  • Uso de antibiótico de amplo espectro (tratamento empírico), 1 gota, 4 a 6 x ao dia, por cinco dias, como cloranfenicol, tobramicina, polimixina B, ciprofloxacina e ofloxacina.

Em caso de queixa de alteração visual, o paciente deve ser avaliado por oftalmologista.

CONJUNTIVITE BACTERIANA HIPERPURULENTA

EPIDEMIOLOGIA

É uma doença importante a ser destacada principalmente por sua morbidade.

ETIOLOGIA

Neisseria gonorrhoeae e N. meningitidis.

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

O início dos sintomas ocorre após 12 a 24 horas do contato. Há um acometimento grave e rápido com edema palpebral, secreção mucopurulenta abundante, quemose e linfadenopatia pré-auricular. Pode ocorrer envolvimento corneano com ulceração marginal, podendo evoluir para ulceração central, perfuração e endoftalmite.

DIAGNÓSTICO

Deve ser realizado exame direito da secreção com coloração de Gram e cultura para a confirmação diagnóstica.

TRATAMENTO

  • Exame oftalmológico, com atenção especial às possíveis alterações corneanas.

  • Higiene abundante com SF para evitar acúmulo de secreção (no mínimo 4 x ao dia).

  • O tratamento é feito com dose única intramuscular (IM) de ceftriaxona (25–50 mg/kg) ou dose única IM ou endovenosa (EV) de cefotaxima (100 mg/kg) nos casos de N. gonorrhoeae. Nas conjuntivites por N. meningitidis, a melhor opção é penicilina G, IM ou EV, 4 ...

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