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Vitaminas são compostos orgânicos essenciais que estão envolvidos em funções fundamentais ao organismo, como crescimento e metabolismo. As necessidades diárias devem ser supridas por meio da dieta ou da suplementação, uma vez que o corpo não é capaz de biossintetizá-las. De acordo com suas propriedades químicas, podem ser divididas em lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis (complexo B e vitamina C). As alterações das dosagens bioquímicas de vitaminas antecedem o aparecimento dos sinais clínicos de carência e de excesso nas crianças e nos adolescentes; no entanto, algumas não são totalmente confiáveis, não estão disponíveis ou são muito caras.
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Funções: importante na síntese de pigmentos visuais, crescimento, diferenciação celular, embriogênese e resposta imune.
Fontes alimentares: leite integral, gema e fígado. A pró-vitamina A (carotenos) pode ser encontrada em hortaliças e em frutas amarelo-alaranjadas e verde-escuras.
Deficiência: alterações oculares (xeroftalmia, manchas de Bitot, cegueira noturna), alterações de crescimento, hiperceratose folicular e maior predisposição a infecções.
Excesso: hiperostose, alopecia e hepatomegalia.
Recomendações nutricionais:
lactentes: 400 a 500 µg/dia.
crianças: 300 a 400 µg/dia.
adolescentes: 600 a 900 µg/dia.
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A faixa etária de maior risco é a pré-escolar. Em regiões com alta prevalência de deficiência de vitamina A, é preconizada a suplementação medicamentosa dessa vitamina, na forma de megadoses por via oral, que devem ser administradas a cada 4 a 6 meses:
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crianças de 6 a 12 meses, 100.000 UI.
crianças de 12 a 72 meses, 200.000 UI (1 µg de retinol = 3,3 UI).
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VITAMINA D (CALCIFEROL)
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Funções: necessária para absorção intestinal de cálcio e fósforo, e mineralização óssea.
Fontes alimentares: leite integral fortificado, frutos do mar, gema de ovo e fígado.
Deficiência: leva ao raquitismo carencial, que cursa com uma série de deformidades ósseas (craniotabes, alargamento de epífises, arqueamento de ossos longos, deformidades torácicas), atraso da erupção e alteração do esmalte dentário, baixa estatura, dor muscular e hipofosfatemia.
Recomendações nutricionais: 400 UI/dia.
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A Sociedade Brasileira de Pediatria1 (SBP) preconiza que a vitamina D seja suplementada a partir dos sete dias de vida até os dois anos de idade. No primeiro ano, a dose é de 400 UI de vitamina D, e do primeiro ao segundo ano, de 600 UI.
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Funções: antioxidante, integridade da membrana celular, impede a peroxidação de ácidos graxos e a formação de radicais livres.
Fontes alimentares: azeite de oliva, óleos vegetais, cereais, gordura animal, gema de ovo, manteiga, folhas verdes e legumes.
Deficiência: anemia hemolítica em recém-nascidos (RNs) prematuros, retinopatia pigmentar e ataxia.
Recomendações nutricionais:
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