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Infertilidade é definida como a falha na concepção apesar de um ano de relação sexual regular sem proteção. Aproximadamente 15% dos casais apresentarão problemas de infertilidade, e, destes, 20% terão um fator masculino como o único responsável – fatores masculinos contribuirão com um adicional de 30% dos casos mistos. Em geral, a infertilidade masculina é identificada a partir de anormalidades na análise do sêmen; entretanto, outros problemas podem contribuir para a infertilidade, apesar de o sêmen ser normal.
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As causas de infertilidade masculina são amplamente variadas, sendo mais bem avaliadas por um urologista. Algumas causas de infertilidade masculina podem ser identificadas e revertidas (ou melhoradas) com cirurgia ou medicação específica, enquanto outras podem ser somente identificadas. Ocasionalmente, a causa por trás da infertilidade ou de um exame de sêmen anormal não pode ser identificada e, neste caso, é chamada de idiopática. Esses casos são passíveis de tratamento empírico para melhorar as chances de concepção. Antes de se discutirem o diagnóstico e o tratamento da infertilidade masculina, é indicado que se faça uma revisão dos aspectos básicos de endocrinologia, fisiologia e anatomia reprodutiva.
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FISIOLOGIA REPRODUTIVA MASCULINA
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O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal
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O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal (HHG) desempenha um papel crucial tanto na função endócrina (produção de testosterona) como na exócrina (maturação de esperma) dos testículos. Vários conceitos endócrinos devem ser revistos.
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A. Classificação dos hormônios
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Tanto hormônios peptídeos como esteroides são necessários para a comunicação no eixo reprodutivo (Fig. 44–1). Os hormônios peptídeos são proteínas secretórias pequenas que se ligam a receptores na membrana da superfície celular e induzem uma série de eventos intracelulares. Os sinais hormonais sofrem transdução por vias de segundo mensageiro, cujas ações culminam na fosforilação de várias proteínas que alteram a função das células. Os hormônios peptídeos-chave do eixo HHG são o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH).
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Os hormônios esteroides são derivados do colesterol e, ao contrário dos hormônios peptídeos, não são armazenados em grânulos secretores. Em consequência, a secreção de esteroides é limitada pela velocidade de produção. Como eles são lipofílicos, os hormônios esteroides geralmente são permeáveis pela membrana celular. No plasma, os hormônios esteroides são, em grande parte, ligados a proteínas séricas, com apenas um pequeno componente “livre” disponível para se difundir no espaço intracelular e se ligar a receptores. Uma vez ligados a um receptor intracelular, os esteroides são translocados para locais de reconhecimento do ácido desoxirribonucleico (DNA) dentro do núcleo, onde eles atuam regulando a transcrição de genes-alvo. Os hormônios esteroides-chave do eixo HHG são a testosterona (T) e o estradiol (E2).