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Estima-se que mais da metade dos homens com idade entre 40 e 70 anos nos Estados Unidos seja incapaz de conseguir ou manter uma ereção peniana suficiente para desempenho sexual satisfatório. Avanços na terapia farmacológica da disfunção erétil (DE), acoplados a uma melhor compreensão da disfunção sexual masculina, têm resultado em números maiores de pacientes buscando assistência por problemas sexuais. Os inibidores tipo 5 da fosfodiesterase por via oral (PDE-5I) surgiram como o tratamento de primeira linha da DE preferido em todo o mundo, devido a sua eficácia, facilidade de usar e segurança para o paciente. A função erétil pode agora ser avaliada pela resposta a esses agentes, no domicílio, ou pela injeção intracavernosa (IIC) de agentes vasoativos, no consultório, e testes diagnósticos aperfeiçoados podem diferenciar entre os tipos de impotência. A satisfação de pacientes com próteses penianas é alta, pois a última geração de dispositivos é mais sofisticada e durável do que antes. Os tratamentos atuais continuam a evoluir, e novas terapias, como células-tronco e terapias genéticas, podem representar a próxima geração de soluções mais fisiológicas e específicas por doença para os vários tipos de DE (Bahk et al, 2010; Lin et al, 2009; Melman et al, 2007).
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FISIOLOGIA DA EREÇÃO PENIANA
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O centro autonômico medular da ereção está localizado nos núcleos intermediolaterais da medula espinal aos níveis de S2-S4 e T12-L2. Fibras nervosas a partir dos segmentos medulares toracolombares (simpáticos) e sacrais (parassimpáticos) juntam-se para formar os plexos hipogástrico inferior e pélvico, que enviam ramos para os órgãos pélvicos. As fibras que inervam o pênis (nervos cavernosos) viajam ao longo do aspecto posterolateral das vesículas seminais e da próstata, e então acompanham a uretra membranosa através do diafragma geniturinário (Figura 39–1). Algumas dessas fibras entram nos corpos cavernosos e corpo esponjoso com as artérias cavernosas e bulbouretral. Outras viajam no sentido distal com o nervo dorsal, e entram no corpo cavernoso e corpo esponjoso em várias localizações para suprir as porções média e distal do pênis. Os ramos terminais dos nervos cavernosos inervam as artérias helicíneas e a musculatura lisa trabecular, e são responsáveis por eventos vasculares durante a tumescência e detumescência. O centro para os nervos motores somáticos está localizado no corno ventral dos segmentos S2-S4 (núcleo de Onuf). As fibras motoras juntam-se ao nervo pudendo para inervar os músculos bulbocavernosos e isquiocavernosos. Os nervos sensoriais somáticos originam-se em receptores no pênis para transmitir dor, temperatura, tato e sensações vibratórias. O cérebro tem um efeito modulador sobre as vias medulares da ereção, especificamente a área pré-óptica medial e o núcleo paraventricular do hipotálamo, a substância cinzenta periaqueduto e o núcleo paragigantocelular do bulbo raquidiano. A tomografia por emissão de pósitrons e a ressonância magnética funcional têm possibilitado uma compreensão maior da ativação cerebral durante a excitação sexual e o orgasmo, pela mensuração do fluxo sanguíneo ou ...