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A avaliação urodinâmica é um componente importante da investigação dos pacientes com obstrução do trato urinário inferior, distúrbios miccionais, incontinência urinária e doenças neuropáticas envolvendo o trato urinário inferior. No passado, o examinador simplesmente observava o ato miccional, avaliava a força do jato urinário e fazia inferências quanto à possibilidade de obstrução do trato de saída da bexiga. Na década de 1950, tornou-se possível observar o trato urinário inferior por meio de radioscopia durante o ato miccional e, na década seguinte, os princípios básicos da hidrodinâmica foram aplicados à fisiologia das vias urinárias inferiores. Nos anos 1970, foi introduzida a urodinâmica, em que a fluoroscopia foi combinada com medidas de pressão para avaliar adequadamente tanto a anatomia como a função.
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Atualmente, o campo da urodinâmica tem aplicações clínicas na investigação dos distúrbios miccionais resultantes das doenças do trato urinário inferior.
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A nomenclatura dos testes utilizados na avaliação hemodinâmica ainda não está padronizada e, em alguns casos, os significados dos termos urodinâmicos se sobrepõem ou geram confusão. Apesar dessas dificuldades, os testes urodinâmicos são extremamente valiosos. Os sinais e sintomas trazidos à tona pela anamnese ou pelos exames físico, endoscópico ou até mesmo radiográfico geralmente delineiam os achados anatômicos, mas a função frequentemente precisa ser investigada com mais detalhes pelos testes urodinâmicos, a fim de que o tratamento planejado esteja baseado no entendimento dos distúrbios fisiológicos do trato urinário inferior.
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Assim como ocorre com alguns procedimentos diagnósticos de alta tecnologia (p. ex., eletrocardiografia, eletrencefalografia), os testes urodinâmicos têm sua maior utilidade clínica quando sua interpretação é deixada a cargo do médico-assistente, que deve realizar ou supervisionar de perto o exame, ou ser responsável por correlacionar todos os resultados com suas observações clínicas pessoais.
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FUNÇÕES RELEVANTES DA URODINÂMICA E TESTES APLICÁVEIS A CADA UMA
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Os estudos urodinâmicos em conjunto com anamnese e exame físico acurados constituem as ferramentas clínicas disponíveis mais úteis para a avaliação do trato urinário inferior e podem fornecer informações clínicas proveitosas quanto à função da bexiga, ao mecanismo esfincteriano e ao próprio padrão miccional.
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A função da bexiga pode ser avaliada pela simples cistometrografia (CMG), que mede a pressão vesical como uma função do volume da bexiga. Isso pode fornecer informações importantes sobre a capacidade cistométrica, sensibilidade e complacência vesicais, e sobre a presença de contração involuntária e contratilidade da bexiga.
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A função esfincteriana depende de dois elementos: o esfincter de músculo liso e o esfincter voluntário. As atividades desses dois componentes podem ser registradas de forma urodinâmica pela medida da pressão uretral ou pelo registro de eletromiografia do esfincter.
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O ato da micção depende da interação entre a bexiga e o esfincter, e o resultado é a taxa de fluxo. A taxa de fluxo é um dos principais componentes da função global do trato urinário inferior. Em geral, essa taxa é ...