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ASPECTOS-CHAVE

Aspectos-chave

  • A gestação encontra-se entre os primeiros motivos de consulta em atenção primária à saúde (APS): um pré-natal adequado deve começar precocemente – em torno da 10a semana de idade gestacional (IG).

  • Após o diagnóstico da gestação, é importante proporcionar um espaço para que a mulher possa manifestar seus sentimentos e expectativas em relação a essa nova situação. É preciso compreendê-la dentro de seu contexto familiar e social e identificar o momento atual do ciclo de vida da família – se o casal planejava a gestação, se usava ou não algum método anticoncepcional e como está sendo recebida a notícia.

  • Vários parâmetros para diagnosticar patologias obstétricas têm sido revistos sob a óptica da medicina baseada em evidências. Condutas anteriormente preconizadas têm sido questionadas por gerarem gastos desnecessários, além de estresse à gestante e à sua família. As sugestões e solicitações de exames e procedimentos devem sempre ser esclarecidas à família para que esta possa optar por fazê-los ou não.

  • Ao médico de família e comunidade cabe acompanhar a gestação de baixo risco. No entanto, a cada consulta, novos dados surgirão, podendo, a qualquer momento, a gestante apresentar situações de risco que impliquem a necessidade de ser referenciada. Assim, é importante que haja um sistema de referência consolidado para pré-natal de alto risco e que esteja o mais integrado possível com a atenção primária. A manutenção do vínculo com o médico, nesse período crítico em que a gestação é de risco, torna-se fundamental, com apoio emocional e esclarecimentos sobre o que está sendo proposto pelos especialistas.

Caso clínico

Ana, 25 anos, refere atraso menstrual e que o teste de urina comprado na farmácia se mostrou positivo para gestação, está surpresa, pois não havia planejado, mas conta que sua família recebeu bem a notícia e a está apoiando. Ana tem uma filha de 5 anos, fruto de um relacionamento anterior, cuja gestação evoluiu bem e sem intercorrências, exceto que ela teve anemia. Vive com o novo companheiro há 2 anos. Nega problemas de saúde na família ou uso de medicações regulares.

Na primeira consulta, a médica de família e comunidade deixou-a falar sobre seus sentimentos e expectativas em relação à gravidez, além de questioná-la sobre possíveis fatores de risco gestacional. No exame físico, a pressão arterial (PA) estava em 100/70 mmHg, o índice de massa corporal (IMC) 27,0 e fundo uterino palpado na sínfise púbica. A médica de família e comunidade solicitou exames laboratoriais previstos para o primeiro trimestre de pré-natal e combinaram uma nova consulta em 4 semanas.

No retorno, com 20 semanas de amenorreia (teve compromissos profissionais e necessitou reagendar a consulta), Ana está mais tranquila, sem sintomas e escolhendo nomes para o bebê. O exame físico não possui alterações e os exames complementares solicitados mostram hemoglobina (Hb) 11,5; tipo sanguíneo A+; glicemia de jejum 90 mg/dL; exame analítico de urina sem proteinúria, nitritos negativos, glicosúria negativa, hemoglobinúria negativa; urocultura com > 100.000 unidades formadoras de colônias (UFC); ...

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