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ASPECTOS-CHAVE

Aspectos-chave

  • É importante perguntar aos indivíduos sobre o uso de plantas medicinais, já que são utilizadas por 80% das pessoas.

  • O uso racional das plantas medicinais é uma opção terapêutica eficaz e segura.

  • É importante a identificação correta das plantas. Um mesmo nome popular pode designar várias plantas.

  • Plantas medicinais podem ter toxicidade, efeitos colaterais e interações medicamentosas.

  • O plantio de hortos didáticos nas unidades de saúde pode propiciar o uso correto das plantas medicinais.

DO QUE SE TRATA

Com as resoluções da Conferência Mundial de Saúde em Alma-Ata e da criação do Programa de Medicina Tradicional, no fim dos anos 1970, preocupada em promover maior acesso a tecnologias seguras e de baixo custo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem estimulando seus Estados-membros a desenvolverem políticas e programas que deem respaldo e qualificação a práticas de cuidados em saúde advindas da tradição popular e das chamadas medicinas alternativas e complementares que gozem de reconhecida segurança e eficácia.

Seguindo essas orientações, vários municípios, Estados e o próprio Ministério da Saúde (MS) brasileiro criaram, ao longo das últimas décadas, uma série de experiências dentro dessa área. Entre as iniciativas, podem-se citar alguns marcos históricos, como a criação do Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos (CEME), em 1982, a Resolução da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação (CIPLAN), de 1988, que regulamentou a prática, as rotinas e os procedimentos relativos à fitoterapia em unidades de assistência médica; as recomendações de várias conferências nacionais de saúde e de ciências e tecnologia, a realização de seminários nacionais sobre plantas medicinais e fitoterápicos, entre outras iniciativas.

Em 2006 houve a promulgação das Políticas Nacionais de Práticas Integrativas e Complementares e de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, a criação do Programa Farmácia Viva no SUS, em 2010, a publicação de várias regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a área, além da inclusão paulatina de medicamentos fitoterápicos no elenco de referência da assistência farmacêutica na rede básica. Atualmente, há oito medicamentos fitoterápicos passíveis de financiamento com recursos tripartites: a alcachofra (Cynara scolymus), a isoflavona de soja (Glycine max), a garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens), a espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), o guaco (Mikania glomerata), a cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana), a aroeira (Schinus terebinthifolius) e a unha-de-gato (Uncaria tomentosa).

O uso de plantas como remédio é uma prática terapêutica antiga e difundida em todos os grupamentos humanos, transmitido de geração em geração sob a forma de cantos, fórmulas e narrativas.1 Achados em sítios antigos de pesquisa em Shanidar, no Iraque, com registros fósseis de 60 mil anos, indicam que o homem de Neandertal já conhecia plantas medicinais ainda hoje em uso.2

O provável método para saber quais plantas são úteis foi a observação de efeito em usuários, mediante tentativas e ...

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