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ASPECTOS-CHAVE

Aspectos-chave

  • Medicina baseada em evidências (MBE) é uma abordagem médica que integra a melhor evidência atual, a experiência clínica e os valores das pessoas para otimizar os desfechos clínicos e a qualidade de vida. Com a MBE, identifica-se que a intuição, a experiência clínica não sistemática e a explicação fisiopatológica são bases insuficientes para a tomada de decisão. A MBE enfoca a hierarquia da melhor evidência baseada em pesquisa disponível. Em síntese, apoia-se na melhor evidência de pesquisa, com base em pesquisa clínica relevante, que é útil para servir como fundamento para a tomada de decisão clínica.

  • Ao estabelecer uma relação entre pesquisa, experiência clínica e valores da pessoa atendida na consulta, percebe-se que a MBE identifica que a evidência a partir da pesquisa não é o único fator determinante na tomada de decisão clínica. A evidência de pesquisa deve ser combinada com a experiência clínica para identificar a melhor forma de realizar o manejo do paciente. O entendimento dos valores das pessoas (preocupações, preferências e expectativas) durante uma consulta é essencial para que a tomada de decisão possa ser efetiva.

  • Evidência em MBE consiste em qualquer observação a partir de pesquisa, em que devem ser valorizados os desfechos de relevância clínica (p. ex., morte, acidente vascular cerebral (AVC), infarto, amputação, etc.) Portanto, as evidências não devem ser consideradas de igual importância para a tomada de decisão.

  • Hierarquia de evidência utilizada em MBE significa a força de evidência proporcionada por uma observação não sistemática de um médico, a qual não deve ser considerada com a mesma robustez que uma evidência proporcionada por um ensaio clínico randomizado (ECR) e sistematizado.

  • As revisões sistemáticas, as quais são essenciais para a tomada de decisão do médico de família, devem ser abrangentes e não tendenciosas no seu preparo.

Caso clínico

Jonas, 55 anos, branco, é casado e balconista de uma loja de departamentos. Na lista de problemas, apresenta doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); participa do grupo de cessação de tabagismo, estando sem fumar há 5 anos. Durante a consulta, diz que se sente triste com o seu dia a dia e não tem vontade de fazer as atividades que mais lhe dão prazer. Nega fadiga importante. Refere insônia e diminuição do apetite. Ao ser questionado em relação às questões a seguir, negou apresentar esta sintomatologia: concentração e atenção reduzidas, autoestima e autoconfiança reduzidas, ideias de culpa e inutilidade, visões desoladas e pessimistas do futuro, ideias ou atos autolesivos ou de suicídio. Diz que está preocupado com o problema da tristeza e apresenta dificuldade no seu trabalho e na relação com a companheira.

Jonas foi atendido pelo residente de primeiro ano e, após a consulta, o preceptor identifica quais perguntas devem ser revisadas antes da reconsulta dessa pessoa:

  • 1. Qual é a frequência de comorbidade de um problema clínico (DPOC) com a ocorrência de depressão?

A DPOC é uma causa de morbidade e mortalidade crônicas e define-se como um grupo de doenças que ...

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