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Embriologia, 2a edição, está dividido em três tópicos gerais – biologia do desenvolvimento, embriologia comparada e organogênese humana –, guiados por um denominador comum, ou seja, o aspecto evolutivo. Criou-se um elo entre a embriologia tradicional e a biologia do desenvolvimento. Na embriologia geral, são estudadas a morfogênese e a organização tissular nos embriões, isto é, a ênfase é dada ao fenômeno em si; na biologia do desenvolvimento, enfatizam-se as causas concatenadas moleculares desses fenômenos.
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Na 1a edição de Embriologia já eram tratados tópicos específicos da biologia do desenvolvimento, mas, devido ao grande avanço nas técnicas moleculares da investigação dos mecanismos morfogenéticos, esta nova edição revisa amplamente e aprimora muito mais esses tópicos.
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Na biologia do desenvolvimento, trata-se dos gametas, da fecundação e da formação de comunidades celulares, bem como das interações núcleo-citoplasmáticas na diferencial ativação gênica. Segue-se a interação entre tecidos na gastrulação, na indução e na morfogênese, com os hormônios realizando o acabamento do indivíduo. Nesta parte são apresentados experimentos representativos, com a finalidade de despertar no aluno o sentido crítico e introduzi-lo no mundo experimental, para que conheça não só o ponto de chegada, mas também o modo de caminhar na biologia do desenvolvimento.
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Na embriologia comparada procura-se analisar o aspecto evolutivo dos organismos, correlacionando os diferentes tipos de ovos com o ambiente onde se desenvolvem. Assim, parte-se de organismos como os equinodermas, que se desenvolvem em meio aquático, a partir de ovos com pouco vitelo. Passa-se pelo anfioxo, cujo interesse está centrado no fato de apresentar características de desenvolvimento tanto dos equinodermas como dos vertebrados. Seguem-se organismos com ovos com muito vitelo, ovos cleidoicos (répteis e aves), que suprem todas as necessidades do indivíduo em desenvolvimento. Conclui-se a análise comparada dos diferentes grupos com os mamíferos, que substituem o vitelo pela placenta, retornando, desse modo, aos ovos oligolécitos. O estudo comparativo das placentas também é abordado.
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Uma vez concluída a análise da placentação, passa-se à terceira área, que corresponde à organogênese. Após a descrição do desenvolvimento normal dos diferentes aparelhos e sistemas que compõem o organismo, consideram-se alguns desvios do desenvolvimento que ocasionam as malformações congênitas.
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Esperamos que Embriologia, 2a edição, satisfaça as aspirações curriculares tanto de alunos de ciências biológicas como de ciências biomédicas.
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