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INTRODUÇÃO

Os testes laboratoriais fornecem informações valiosas necessárias para a avaliação da condição do paciente e o monitoramento do tratamento recomendado. Os resultados dos testes bioquímicos e hematológicos são comparados aos obtidos em indivíduos saudáveis ou aos que passaram por tratamento terapêutico semelhante para determinar o seu estado clínico e evolução. Antes, o termo limites normais possuía certa ambiguidade, pois em nível estatístico, o termo normal também se referia a uma distribuição (gaussiana ou normal) específica e, epidemiologicamente, indicava a maioria, que não necessariamente representava a população-alvo desejada. Esse exemplo se torna mais claro no caso dos níveis de colesterol, onde os valores superiores a 200 mg/dL são comuns, porém não desejáveis. O uso do termo limite de referência ou valor de referência é, portanto, recomendado pela International Federation of Clinical Chemistry (IFCC) e pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), referido anteriormente como National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS), para indicar que os valores se referem a uma população de referência e a uma condição clínica.

Os limites de referência são estabelecidos para uma idade específica (p. ex., α-fetoproteína), sexo e maturidade sexual (p. ex., hormônio luteinizante e testosterona); eles também são definidos para um estado farmacológico específico (p. ex., sob a administração de ciclosporina), restrições alimentares (p. ex., fenilalanina) e protocolo de estimulação (p. ex., hormônio do crescimento). Da mesma forma, a variação diurna também deve ser considerada (p. ex., cortisol), assim como o grau de obesidade (p. ex., insulina). Alguns limites de referência são particularmente significativos quando combinados a outros resultados (p. ex., hormônio da paratireoide e cálcio) ou quando um conjunto completo de metabólitos é avaliado (p. ex., perfil lipídico: triglicerídeos, colesterol, lipoproteína de alta densidade e lipoproteína de baixa densidade).

Os testes laboratoriais estão se tornando mais específicos e registram concentrações muito mais baixas do que em qualquer momento anterior. Portanto, os limites de referência devem refletir o procedimento analítico, assim como os reagentes e a instrumentação utilizada para uma análise específica. Enquanto a metodologia do teste continua a evoluir, os limites de referência são modificados e atualizados.

DESAFIOS NA DETERMINAÇÃO E NA INTERPRETAÇÃO DOS VALORES DE REFERÊNCIA PEDIÁTRICOS

O ambiente pediátrico é particularmente desafiador para a determinação de valores de referência, já que os estágios de crescimento e desenvolvimento não apresentam um limite distinto e finito em que os resultados dos testes possam ser definidos. Os limites de referência poderão se sobrepor e, em muitos casos, complicar o diagnóstico e o tratamento. A coleta e a alocação dos resultados dos testes pela idade, com o propósito de estabelecer um limite de referência, é uma forma conveniente e controlável para informá-los, porém é necessário cuidado com a interpretação e a correlação clínica.

Uma dificuldade particular é encontrada no estabelecimento dos limites de referência dos metabólitos, cujos limites se alteram em condições de estímulo estabelecidas. O teste comum de ...

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