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O abuso de substâncias tende a ser uma doença crônica progressiva. O primeiro estágio, ou estágio de iniciação — de não usuário para usuário —, é uma característica tão comum do tornar-se um adulto norte-americano que muitas autoridades o chamam de comportamento normativo. Nesta fase, o uso de substâncias costuma limitar-se à experimentação de cigarro ou álcool (as chamadas substâncias de porta de entrada). Durante a adolescência, espera-se que os jovens estabeleçam uma identidade autônoma, independente. Eles experimentam diversos comportamentos no contexto da segurança das famílias e do grupo de pares. Este processo, com frequência, envolve a experimentação de substâncias psicoativas, em geral em ambientes culturalmente aceitáveis. A evolução para a segunda fase — ou fase de continuação — do abuso de substâncias é um comportamento de risco não normativo com potencial para comprometer o desenvolvimento do adolescente. A American Psychiatric Association delineou critérios para julgar a gravidade do uso de substâncias, que evolui além da fase de experimentação para o abuso ou dependência. A evolução dentro de uma classe de substâncias (p. ex., de cerveja para destilados) e a evolução entre as classes de substâncias (p. ex., de álcool para heroína) são a terceira e quarta fases do abuso de substâncias. Os indivíduos que estão nessas fases abusam de múltiplas substâncias, e a maioria manifesta um ou mais sintomas de dependência, como tolerância ou abstinência. A transição de um estágio para o seguinte é um processo cíclico de regressão, de cessação e de recaída. Os Quadros 5–1 e 5–2 apresentam os sintomas comuns e os efeitos fisiológicos da intoxicação (que podem ocorrer em qualquer etapa) e da abstinência (um sintoma de dependência) para as principais classes de substâncias.
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