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EMBRIOLOGIA DO TRATO GENITURINÁRIO

Uma compreensão básica da embriologia geniturinária facilita o aprendizado de muitos aspectos da urologia. Do ponto de vista embriológico, os sistemas genital e urinário estão intimamente relacionados. É comum encontrar anomalias dos dois sistemas em associação.

Rins

Os rins passam por três fases embriônicas (Fig. 38–1): (1) o pronefro é uma estrutura vestigial sem função em embriões humanos e que, exceto por seu ducto primário, desaparece completamente na quarta semana. (2) O ducto pronéfrico ganha conexão com os túbulos mesonéfricos e se transforma no ducto mesonéfrico. Embora a maior parte dos túbulos mesonéfricos sofra degeneração, o ducto mesonéfrico persiste bilateralmente; a partir de onde se inclina para abrir-se na cloaca, o broto ureteral cresce cranialmente e interage com o blastema metanéfrico. (3) Isso forma o metanefro, que é a fase final. O metanefro desenvolve-se até formar os rins. Durante a migração cefálica e a rotação, o tecido metanéfrico aumenta progressivamente de tamanho, com diferenciação interna rápida em néfrons e túbulos uriníferos. De maneira simultânea, a extremidade cefálica do broto ureteral se expande e se divide dentro dos metanefros para formar a pelve renal, os cálices e os túbulos coletores.

Figura 38–1

Esquema de desenvolvimento do sistema néfrico. Apenas alguns túbulos pronéfricos são vistos no início da quarta semana, enquanto o tecido mesonéfrico se diferencia em túbulos mesonéfricos que progressivamente se juntam aos ductos mesonéfricos. O primeiro sinal do broto ureteral, a partir do ducto mesonéfrico, é visto com 4 semanas. Com 6 semanas, o pronefro sofreu degeneração completa e os túbulos mesonéfricos começam a fazê-lo. O broto ureteral cresce dorsocranialmente e encontra o blastema metanéfrico. Na oitava semana, há migração cranial do metanefro em diferenciação. A extremidade cranial do broto ureteral se expande e começa a mostrar múltiplos crescimentos externos sucessivos (cálices renais).

Bexiga e uretra

A subdivisão da cloaca (a extremidade cega do intestino posterior) em segmentos ventral (seio urogenital) e dorsal (reto) é completada durante a sétima semana e começa a diferenciação inicial da bexiga urinária e uretra. O seio urogenital recebe o ducto mesonéfrico e absorve sua extremidade caudal, de modo que, ao final da sétima semana, o broto uretral e o ducto mesonéfrico tenham aberturas independentes. O orifício uretral migra para cima e lateralmente. O orifício do ducto mesonéfrico se move para baixo e medialmente, e a estrutura intermediária (o trígono) é formada pelo tecido mesodérmico absorvido, que mantém continuidade direta entre os dois tubos (Fig. 38–2).

Figura 38–2

O desenvolvimento do broto ureteral a partir do ducto mesonéfrico e sua relação com o seio urogenital. O broto ureteral aparece na quarta semana. O ducto distal mesonéfrico desse broto ureteral é gradualmente absorvido no seio urogenital, resultando em terminações separadas para o ureter e o ducto ...

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