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ANATOMIA ANORRETAL

A anatomia do ânus e do reto determina a avaliação clínica e o tratamento de pacientes com distúrbios anorretais (Fig. 31–1).

Figura 31–1

Anatomia do canal anorretal.

De externo para interno, a anatomia de superfície do anorreto compreende a pele das regiões perianal e glútea, a anoderma, a zona de transição anal e, proximalmente, a mucosa retal. A pele perianal inclui pelos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Essa área, particularmente 3 a l5 cm de pele da margem anal, circunferencialmente ao redor do ânus, pode comumente tornar-se infectada com o papilomavírus humano, resultando em condiloma anal. O condiloma anal também pode afetar tecidos mais proximais na anoderme e na mucosa retal inferior. A hidradenite perianal também é relativamente comum e ocorre nas glândulas sudoríparas apócrinas da pele perianal. Diferentemente do condiloma anal, a hidradenite perianal só pode ocorrer na pele perianal e glútea, pois não há glândulas sudoríparas na anoderma.

A anoderma inicia na margem anal e termina na linha denteada. Ao contrário da pele perianal e glútea, a anoderma não tem pelos nem glândulas sudoríparas. As fissuras anais ocorrem na anoderme e podem estar associadas a um plicoma sentinela externamente e a uma papila anal hipertrofiada internamente (Fig. 31–2). A excisão cirúrgica muito extensa de anoderma durante a hemorroidectomia ou outra cirurgia anorretal pode resultar em estenose anal.

Figura 31–2

Diagrama do anorreto mostrando a tríade da fissura ou úlcera.

A zona de transição anal se encontra entre a anoderme escamosa e a mucosa retal. Nessa zona, há epitélios escamoso, cuboide, transicional e colunar com cristas longitudinais, chamadas de colunas de Morgagni. Entre as colunas de Morgagni estão as criptas anais. Nas bases das criptas anais está a abertura das glândulas anais. Clinicamente, a zona de transição anal é importante por duas razões principais. Primeiro, pela transição da inervação somática para visceral e pela drenagem linfática dos linfonodos inguinais para os pélvicos. Os linfáticos do canal anal, acima da linha denteada, drenam por meio dos linfáticos retais superiores para os linfonodos mesentéricos inferiores e, lateralmente, para os linfonodos ilíacos internos. Abaixo da linha denteada, ocorre drenagem para os linfonodos inguinais, mas ela pode ocorrer também para os linfonodos retais inferiores ou superiores. Segundo, as glândulas anais são o local de abscessos anorretais e fístulas anais. Anatomicamente, as glândulas anais se estendem até uma profundidade variável, resultando em abscessos perianais, interesfincterianos ou isquiorretais, quando a drenagem dessas glândulas é bloqueada.

Proximalmente à zona de transição anal está a mucosa retal. Acima da linha denteada e subjacente à mucosa retal estão os vasos que, quando anormalmente ingurgitados, se manifestam como hemorroidas internas. As hemorroidas não são veias, mas anastomoses arteriovenosas que possuem fluxo pulsátil. Os ...

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