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QUEIMADURAS

Uma lesão térmica grave é uma das lesões físicas e psicológicas mais devastadoras que uma pessoa pode sofrer. Mais de 2 milhões de lesões causadas por queimadura requerem atenção médica a cada ano nos Estados Unidos, com 14 mil mortes resultantes. Os incêndios domésticos são responsáveis por apenas 5% das lesões de queimadura, mas causam 50% dos casos de morte por queimadura – a maioria devida à inalação de fumaça. Cerca de 75 mil pacientes necessitam de internação a cada ano e, destes, 25 mil permanecem internados por mais de 2 meses – evidências da gravidade da condição associada a esse tipo de lesão.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

A pele é o maior órgão do corpo, com uma área que varia de 0,25 m2 no recém-nascido a 1,8 m2 no adulto. Ela consiste em duas camadas: a epiderme e a derme (cório). As células mais externas da epiderme são células cornificadas mortas que atuam como barreira protetora resistente contra o ambiente, inclusive contra invasões bacterianas e exposição química. As células mais internas da epiderme são metabolicamente ativas, produzindo compostos como fatores de crescimento, que favorecem o processo de replicação contínua a cada 2 semanas. A segunda camada mais espessa, a derme (0,06–0,12 mm), é composta principalmente de tecido conectivo fibroso. A derme contém os vasos sanguíneos e nervos da pele, além dos anexos epiteliais dotados de função especializada, como as glândulas sudoríparas. As terminações nervosas mediadoras da dor são encontradas na derme.

A derme é uma barreira que previne a perda de líquidos corporais por evaporação, bem como a perda em excesso de calor corporal. As glândulas sudoríparas ajudam a manter a temperatura corporal, controlando a quantidade de água que evapora. A derme também está entrelaçada com terminações nervosas sensoriais mediadoras das sensações de toque, pressão, dor, calor e frio. Trata-se de um mecanismo protetor que permite ao indivíduo se adaptar às alterações do meio ambiente físico.

A pele produz vitamina D, que é sintetizada pela ação da luz solar sobre certos compostos de colesterol intradérmicos.

PROFUNDIDADE DAS QUEIMADURAS

A profundidade da queimadura (Fig. 14–1) afeta significativamente todos os eventos clínicos subsequentes. Pode ser difícil determinar a profundidade e, em alguns casos, essa informação continua sendo desconhecida mesmo depois que ocorre cicatrização espontânea ou que a escara é removida cirurgicamente ou se separa, expondo o leito da ferida.

Figura 14–1

Camadas da pele mostrando a profundidade das queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.

Tradicionalmente, as queimaduras são classificadas como de primeiro, segundo e terceiro graus, mas a ênfase atual sobre a sua cicatrização tem levado a classificá-las em queimaduras de espessura parcial, capazes de cicatrizar espontaneamente, e queimaduras de espessura integral, que requerem enxerto de ...

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