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ABORDAGEM AO DIAGNÓSTICO

A função motora normal depende da transmissão de sinais do cérebro para o tronco cerebral ou a medula espinal por neurônios motores superiores e deles para o músculo esquelético por neurônios motores inferiores (Figura 9–1). Por conseguinte, a função motora pode estar comprometida por uma lesão que envolva essa via em qualquer lugar ao longo de sua extensão. As estruturas envolvidas na regulação ou execução da atividade motora incluem o sistema piramidal e extrapiramidal, o cerebelo e os neurônios motores inferiores nos núcleos dos nervos cranianos do tronco cerebral e dos cornos anteriores da medula espinal.

Figura 9–1

Base anatômica dos conceitos de neurônio motor superior e neurônio motor inferior.

O sistema piramidal (Figura 9–2) consiste em fibras do neurônio motor superior que descem do córtex cerebral pela cápsula interna, atravessam a pirâmide medular e, em seguida, decussam em sua maioria, para descer no trato corticospinal lateral do lado oposto de sua origem, onde fazem sinapse com interneurônios e neurônios motores inferiores na medula espinal.

Figura 9–2

Vias do neurônio motor superior. Os tratos embaixo à esquerda são apresentados fora da medula, somente para maior clareza. (De McPhee SJ, Hammer GD: Pathophysiology of Disease: An Introduction to Clinical Medicine. 6th ed. New York: 2009, McGraw Hill.)

Todas as demais influências descendentes sobre os neurônios motores inferiores pertencem ao sistema extrapiramidal e se originam principalmente nos núcleos da base e no cerebelo. Os distúrbios dos núcleos da base (Capítulo 11) e do cerebelo (Capítulo 8) são considerados separadamente.

As fibras motoras que formam os nervos cranianos e periféricos têm sua origem nos neurônios motores inferiores (Figura 9–3). Um distúrbio de função em qualquer ponto do sistema nervoso periférico (célula de corno anterior, raiz nervosa, plexo de membro, nervo periférico ou junção neuromuscular) pode comprometer a função motora, assim como a doença que primariamente afeta os próprios músculos.

Figura 9–3

Componentes anatômicos da unidade motora.

HISTÓRIA

Pacientes com déficits motores geralmente se queixam de fraqueza, sensação de peso, rigidez, desajeitamento, distúrbio do controle muscular ou dificuldade na execução dos movimentos. O termo fraqueza algumas vezes é usado de um modo não específico para denotar fadiga ou perda de energia, motivação ou entusiasmo, e deve-se tomar o cuidado de esclarecer o que o paciente quer dizer. A palavra é usada apropriadamente para indicar perda de força muscular, e é nesse sentido que é empregada aqui.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL

Vários aspectos da queixa atual devem ser documentados.

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