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INTRODUÇÃO

Uma história abrangente e um exame neurológico completo, mas dirigido, são essenciais para o diagnóstico neurológico e o tratamento. Os exames laboratoriais, discutidos no Capítulo 2, podem fornecer informações adicionais úteis, mas não substituem a história e o exame neurológico.

HISTÓRIA

A obtenção da história de um paciente com uma queixa neurológica não difere da obtenção de uma história em qualquer outra situação.

Idade

A idade do paciente pode ser uma dica importante sobre as causas prováveis de um problema neurológico. Por exemplo, epilepsia, esclerose múltipla e doença de Huntington em geral têm seu início na meia-idade, enquanto doença de Alzheimer, doença de Parkinson, tumores cerebrais e acidente vascular cerebral afetam, predominantemente, indivíduos mais idosos.

Queixa principal

O problema do paciente (a queixa principal) deve ser definido o mais claramente possível, pois guiará a avaliação subsequente em direção ao diagnóstico correto – ou para longe dele. Para chegar à queixa principal, a meta é descrever a natureza do problema em uma palavra ou frase.

Queixas neurológicas comuns incluem confusão, tontura, fraqueza, alterações do movimento, dormência, visão turva e crises. Cada um desses termos tem um significado diferente para cada pessoa. Assim, é importante conduzir a avaliação do problema na direção correta, obtendo esclarecimentos necessários sobre aquilo que o paciente está tentando transmitir.

A. Confusão

A confusão relatada pelo paciente ou por seus familiares pode incluir distúrbio de memória, perder-se facilmente, dificuldade de compreender ou produzir linguagem escrita ou falada, problemas com números, julgamento inadequado, alteração de personalidade ou suas combinações. Os sintomas de confusão podem ser difíceis de caracterizar, podendo ser útil solicitar exemplos específicos a esse respeito.

B. Tontura

Uma tontura pode ser uma vertigem (a ilusão de movimento do próprio corpo ou do ambiente), um desequilíbrio (instabilidade decorrente de déficits extrapiramidais, vestibulares, cerebelares ou sensoriais), ou uma pré-síncope (obnubilação resultante de hipoperfusão cerebral).

C. Fraqueza

Fraqueza é o termo que os neurologistas usam para a perda de força decorrente de distúrbios que afetam as vias motoras no sistema nervoso central ou periférico, ou o músculo esquelético. No entanto, os pacientes, às vezes, usam esse termo para descrever fadiga generalizada, letargia ou mesmo distúrbios sensoriais.

D. Alterações do movimento

Alterações do movimento podem representar movimentos anormais, como tremor, coreia, atetose, mioclonia ou fasciculação (ver Capítulo 11, Distúrbios do movimento), mas o paciente não é capaz de classificar seu problema de acordo com essa terminologia. A classificação correta depende da observação dos movimentos em questão ou, caso sejam intermitentes e não estejam presentes no momento em que a história é obtida, da solicitação feita ao paciente para que os demonstre.

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