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As doenças gastrintestinais (GI) apresentam-se mais frequentemente com uma ou mais de quatro classes comuns de sintomas e sinais: (1) dor abdominal ou torácica; (2) ingestão de alimentos alterada (p. ex., resultante de náusea, vômitos, disfagia [dificuldade de deglutição], odinofagia [deglutição dolorosa] ou anorexia [falta de apetite]); (3) movimentos intestinais alterados (i.e., diarreia ou constipação); e (4) sangramento do trato GI, ocorrendo sem aviso ou precedido por um dos sintomas supracitados (Tabela 13–1). Entretanto, nem todos os casos de uma doença GI em particular se apresentam da mesma maneira. Por exemplo, a doença ulcerosa péptica, embora geralmente acompanhada de dor abdominal, pode ser indolor.
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A doença GI pode estar limitada ao trato GI (p. ex., refluxo gastresofágico, úlcera péptica, doença diverticular), ser uma manifestação de um distúrbio sistêmico (p. ex., doença inflamatória intestinal), ou se apresentar como uma doença sistêmica resultante de um processo patológico GI primário (p. ex., deficiências vitamínicas resultantes de má absorção). Como partes diferentes do trato GI são especializadas para certas funções, as causas, consequências e manifestações mais relevantes da doença diferem de um local anatômico para outro.
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De forma aguda, a doença GI pode ser complicada por desidratação, sepse, sangramento, ou por suas consequências, como o choque. Desidratação pode ocorrer como uma consequência de alterações sutis na ingesta ou no débito de líquido, porque o volume de líquido que atravessa o trato GI diariamente é intenso (ver discussão posteriormente). Sepse pode resultar de desintegração da função de barreira contra patógenos no ambiente, inclusive bactérias residentes no colo. A tendência para sangramento é um reflexo da grande vascularidade do trato GI e da dificuldade de se aplicar compressão ao local da hemorragia.
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De modo crônico, a doença ...