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A 1a edição deste livro foi publicada em 1941, resultado da colaboração entre dois amigos e professores em Yale: Louis Goodman e Alfred Gilman. O objetivo, delineado no prefácio daquela edição, era correlacionar a farmacologia às ciências médicas associadas, reinterpretar as ações e os usos dos fármacos em vista dos avanços na medicina e nas ciências biomédicas básicas, enfatizar as aplicações da farmacodinâmica à terapêutica e criar uma obra que fosse útil aos estudantes de farmacologia e aos profissionais. Continuamos seguindo esses princípios nesta 13a edição.
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A 1a edição alcançou sucesso, apesar de seu preço alto (12,50 dólares americanos), e logo se tornou conhecida como a “bíblia azul da farmacologia”. O livro era evidência da forte amizade entre seus autores, e quando o filho de Gilman nasceu, em 1941, ele recebeu o nome de Alfred Goodman Gilman. A Segunda Guerra Mundial e a separação dos autores – Goodman foi para a University of Utah, e Gilman, para a Columbia University – adiou a publicação da 2a edição até 1955. A experiência de escrever a 2a edição durante um período de crescimento acelerado da pesquisa básica e do desenvolvimento de fármacos motivou os autores a se tornarem organizadores, transferindo a tarefa de escrever os capítulos a especialistas com excelência acadêmica em quem confiavam. Este é o padrão seguido desde então.
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Alfred G. Gilman, o filho, foi organizador associado na 5a edição (1975), trabalhou como organizador principal na 6a (1980), na 7a (1985) e na 8a edições (1990), e foi consultor na 9a e na 10a edições, organizadas por Lee Limbird e Joel Hardman. Após uma ausência na 11a edição, Al Gilman concordou em ser coautor do capítulo introdutório da 12a edição. Sua contribuição final ao livro é uma revisão desse capítulo nesta edição, a qual dedicamos em sua memória.
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Um livro com múltiplos autores é engrandecido por acréscimos coletivos, e se torna um desafio para os organizadores ao mesmo tempo em que oferece 75 anos de sabedoria, trechos memoráveis e toques de perspicácia. Mantivemos partes de edições anteriores na edição atual, e creditamos os autores anteriores mais recentes no final de cada capítulo. Um livro como este também tende a aumentar de tamanho a cada edição, à medida que os autores adicionam trechos ao texto já existente. Para manter o livro em um tamanho viável, Dra. Randa Hilal-Dandan e eu preparamos uma versão reduzida de cada capítulo, e então pedimos aos autores que colocassem de volta trechos anteriores que fossem essenciais, além de acrescentar trechos novos. Também decidimos não usar dois tamanhos de letra diferentes nesta edição, e usar mais figuras para explicar vias de sinalização e mecanismos de ação dos fármacos. Para não favorecer um fabricante em detrimento de outro, não usamos nomes comerciais, a não ser quando necessário para se referir a combinações de fármacos ou para distinguir entre formulações do mesmo agente, mas com características farmacocinéticas e farmacodinâmicas distintas. Em contrapartida à redução do texto, foram acrescentados quatro novos capítulos, os quais refletem os avanços na manipulação terapêutica do sistema imune, no tratamento da hepatite viral e na farmacoterapia de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial pulmonar.
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A produção de um livro como este traz à tona diversos assuntos de nível global: o excesso de prescrição de antibióticos, além do seu uso excessivo em animais na agricultura e na pecuária, que continua a promover o desenvolvimento de resistência antimicrobiana; a aplicação de CRISPR/cas9, que provavelmente criará novas rotas terapêuticas; o aquecimento global e o tamanho da população humana, que requerem que os pesquisadores e profissionais da medicina promovam ações preventivas e paliativas com base em dados, e não em ideologias.
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Várias pessoas fizeram contribuições inestimáveis a esta edição. Agradeço a Randa Hilal-Dandan e a Björn Knollmann por seu trabalho como organizadores; a Harriet Lebowitz, da McGraw-Hill, que orientou nosso trabalho, atualizou o estilo do livro e manteve o projeto em movimento até o fim; a Vastavikta Sharma, do Cenveo Publishers Services, que supervisionou a revisão do texto, a editoração e a elaboração das ilustrações; a Nelda Murri, nossa consultora farmacêutica, cuja familiaridade com a farmacologia clínica se torna aparente ao longo do texto; a James Shanahan, editor na McGraw-Hill, pelo apoio ao projeto; e aos muitos leitores que nos enviaram comentários e sugestões.
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